Você conhece a série Grey’ Anatomy?
A série bateu recorde de episódios e é a mais longa da temática médica na TV mundial.
Esta é minha série favorita, mas resisti muito para começar a assistir – até agora não sei porque, mas, para mim, tudo tem uma razão.
Ela veio em um momento muito difícil, que eu estava muito sozinha, no início de 2018, morando em outro estado. Meu filho (18) estava me visitando. Acordei para tomar água e me deparei com ele em frente ao computador bastante emocionado.
Perguntei o que tinha acontecido, ele disse:
–“Tô vendo Grey’s Anatomy. Tu tem que ver, mãe!”. Me recomendando fortemente.
Aquela situação me fez pensar que havia algo especial, pois ele não é dado a tamanha emoção.
Perante vários temas tocantes e marcantes, fui me envolvendo com o desenrolar da trama e vendo que a ficção, não era tão ficção assim, pois se encaixava em diversos momentos da minha vida (e provavelmente, da sua também).
Tanto que escrevi um outro artigo, há algum tempo, falando de um fato delicado que aconteceu comigo, inspirado – mas completamente verídico – no episódio 19 da 15° temporada, sobre Abuso Sexual.
Mas o tema que quero abordar, é o PODER DE RESILIÊNCIA de Meredith Grey:
“Podemos costurar a pele, reparar os danos, diminuir a dor. Mas quando a vida sucumbe, quando nós sucumbimos, não há ciência, nem regras fortes e rápidas. Apenas temos que superar.”
Meredith é descrita na série como “sinuosa e sombria”. No entanto, a vida lhe apresentou motivos para que diversos tons de cinza rodeassem sua trajetória:
- Ela passou por uma criação muito difícil, com uma mãe emocionalmente abusiva e que só pensava em trabalho.
- Cheia de negligências afetivas de um pai ausente.
- Relacionamentos frustrados, rodeados de traições e mal entendidos.
- Perda de um bebê e um “útero hostil” que dificultava para engravidar novamente.
- Enfrentou a morte da mãe, da irmã, de amigos próximos, do pai e do marido … o que, por momentos, fez ela repensar sua vida.
- Fora os inúmeros acidentes: bombas na mão, afogamentos, desastre de avião, arma na cabeça, ataque de paciente…
E o que ela fez com as objeções que a vida lhe deu?
CRESCEU!
Buscou formas de entender e superar as adversidades. Seguiu a vida, tentando acertar!
“Mesmo quando nossas esperanças fogem da realidade, e nós finalmente temos que nos render à verdade, isso só significa que perdemos a batalha de hoje. Não a guerra de amanhã.”
Aí você vai dizer:
– Mas Simone, isso é ficção! Isso não é real.
E eu digo, firmemente:
-Isso é REAL, sim!
Você parou para pensar quantas situações difíceis você já passou? Quantos momentos desesperadores você superou? Quantas vezes você disse: EU PRECISO SER FORTE! E foi!
Está dentro de nossas casas (guardadas as proporções, é claro), em nossos momentos de frustração… Em cada minuto que você está quase desistindo…respira fundo e diz: DESISTIR NÃO É UMA OPÇÃO!
São aqueles momentos da vida em que estamos no fundo do poço. Cavamos mais fundo e vemos que poço tem mola – e se ele não tiver, dou um jeito de construir uma. A mola que vai impulsionar para dar a volta por cima.
Como diria um velho dito popular: Cair 7, levantar 8.
“Mas às vezes … às vezes o que precisamos é de um novo plano”
Não é sobre a vontade de desistir e deixar a vida levar.
É sobre como você vai lidar com isso!
É ter medo e reagir a ele!
É sobre não ter nenhuma solução à vista e mesmo assim, batalhar pela vitória!
Se há uma crise, você não fica parado… você luta e sobrevive! Ninguém disse que ia ser fácil!
É transformar aquilo que não saiu como você queria, em aprendizado para evoluir e seguir mais uma vez.
Não importa como a escuridão chegou e quanto tempo ela ficará. O que importa é que o sol vai nascer de novo! Mesmo que você esteja cansado, mesmo que você queira largar tudo… Você não larga!
“Saber é melhor do que pensar. Acordar é melhor do que dormir, e até mesmo o maior fracasso, até o pior, é melhor do que nunca tentar.”
Isso é RESILIÊNCIA!
É se refazer, refazer, refazer…. e seguir!!
O carrossel nunca para de girar! Só existe um jeito de sair do carrossel… Começar de novo!
“Quando encaramos a tempestade, percebemos que somos o abrigo”
